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A receita que você procurava!

* Por Andréa Muller


Fuçando algumas lembranças achei essa crônica guardada, escrita em 2016. Em época de quarentena está mais atual e oportuna do que nunca.



Bolo Recomeçar


Hoje é o último dia do ano. Eu ganhei de presente um pequeno bolo de especiarias embalado em um pano amarelo com a etiqueta Bolo Recomeçar. Vamos recomeçar a história! Troque o “era uma vez” pelo “é desta vez!" Feliz Ano Novo!


Eu não escondo que coisas, objetos e presentes artesanais, com significado, com histórias tem mais valor para mim.


Por isso, eu amei o bolo, é óbvio. Por isso, eu também caio de amores pelo artesanato dos índios, pelo pufe de crochê que eu comprei na feirinha das amigas do Hospital Universitário, que além de ser um charme ainda ajuda o trabalho dessas voluntárias que é excepcional.


A vida merece causas, a vida merece escolhas. A vida merece voos. A vida merece acertos. A vida merece chances. A vida merece respeito.


A vida merece tempo para plantar, colher, fazer o doce, aceitar, perdoar, chorar, secar as lágrimas, cortar o cabelo bem curtinho, pintar de rosa, de café, assumir seus cachos, comer, emagrecer, amar, rezar, ler, socorrer.


A vida merece uma pausa, uma reflexão, um susto, um choque, um levanta a poeira, uma reta, uma curva. A vida merece uma música, um abraço.


Uma grande amiga sempre diz: "nunca faça nada que você mesmo se envergonhe de olhar". Aprendi que a minha dor pode ser exagerada, desmedida, fora de hora, mas é minha.

Aprendi que tudo que eu achava que sabia não era tudo, que o que eu acho é só o que eu acho, e que muita gente pode achar o contrário.


Aprendi que eu não sabia como me sentiria até sentir na própria pele coisas que nunca havia sentido. Aprendi que não é com todos que risos e lágrimas podem ser divididos.


Me despeço desse ano agradecida. Fiz coisas novas, conheci pessoas incríveis, fui feliz e quero mais. A vida merece histórias. A vida merece luz. Que 2016 venha com tudo!



Que depois dessa pandemia o Ano Novo comece, simplesmente melhor.



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VOLTE SEMPRE!

Todos os dias publicamos posts interessantes e originais.


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* Andréa Muller, 53 anos, jornalista e cronista. Trabalha há mais de 30 anos na assessoria de comunicação de uma indústria de petróleo cuidando de imagem e reputação e comunicação com todos os públicos de interesse, além de coordenar projetos de responsabilidade social. Escreveu crônicas por 10 anos no Jornal Agora, em Rio Grande (RS) e por dois anos manteve um programa de entrevistas – A Boa conversa, na TV MAR. É autora do livro de crônicas O Nó da Gravata.



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