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Setembro Amarelo alerta sobre cuidados com a saúde mental


Da Redação



Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) promovem a campanha Setembro Amarelo, que tem o objetivo de divulgar e apoiar ações de valorização da vida. Setembro foi escolhido porque, desde 2003, o dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.


Na pandemia do novo coronavírus, a campanha ganha ainda mais importância. O medo de contrair a Covid-19, o isolamento social, a incerteza quanto ao futuro, entre outros fatores, aumentaram os casos de ansiedade e depressão, transtornos nem sempre perceptíveis. Estudos apontam que quase todos os óbitos por suicídio estão associados a um transtorno psiquiátrico que não foi tratado adequadamente ou sequer identificado.


Dayane Perin, especialista em inteligência emocional, faz um alerta sobre os sintomas da depressão. “Não é drama, não é para chamar a atenção nem é falta de Deus, e muito menos frescura. É uma doença séria, que precisa ser tratada de maneira correta. É um processo longo, requer paciência, porém, necessário”.

Por isso, a campanha Setembro Amarelo procura conscientizar a população sobre a importância da identificação e do tratamento corretos das doenças mentais, buscando contribuir para a redução de números alarmantes: cerca de 12 mil suicídios são registrados todos os anos no Brasil; no mundo, são mais de 1 milhão de casos a cada ano, principalmente entre os jovens.



Entretanto, o assunto ainda é cercado por preconceito e tabus, apesar dos avanços alcançados nos últimos anos, o que dificulta a procura por ajuda. Mas, iniciativas adotadas por profissionais da área de saúde mental têm contribuído para ampliar o debate e aumentar a oferta de tratamentos, em alguns casos, até gratuitos.


No Rio de Janeiro e em São Paulo, uma dessas iniciativas é o projeto Terapia Pra Tds (Terapia Para Todos), criado em 2015 pela psicóloga Flavia Pitella. A proposta é oferecer acesso à terapia a custo baixo, já que o valor das sessões é também um fator que afasta os pacientes dos consultórios.


“Vivemos uma época em que as taxas de suicídio, depressão e ansiedade têm crescido rapidamente. É necessário que haja campanhas voltadas para a saúde mental, para que todos tenham acesso a informações e à terapia, desmitificando a ideia de que (terapia) é ‘coisa de loucos’, diz a psicóloga.

A arte também é um meio para abordar a relação que há entre transtornos mentais e suicídio. Um exemplo é a peça teatral “Na hora do adeus”, de Jarbas Capusso Filho, que segue em temporada online, todos os domingos, às 19h. Segundo os prodummtores do espetáculo, temas como depressão e luto são tratados de forma leve e bem-humorada.


Durante o Setembro Amarelo, profissionais da área de saúde, convidados pela produção, conversam com a plateia após as apresentações. A psicóloga Beatriz Moura, que participou de um desses diálogos, destacou a importância de iniciativas que aproximam as pessoas neste período de isolamento social devido à Covid-19.


“ (A depressão) já era uma doença pandêmica antes da pandemia, e a gente não sabe que proporção isso vai tomar depois da pandemia. Deem atenção às pessoas que estão ao lado, deem atenção a si mesmas, às suas emoções. Acho que isso é o mais importante, a gente não se abandonar nem abandonar os outros”, disse a especialista em Terapia Cognitivo Comportamental.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), suicídios são evitáveis e muito pode ser feito para preveni-los em nível individual, comunitário e nacional.



Saiba mais:


Terapia Pra Tds - www.terapiapratds.com.br e @terapiapratdsoficial (Instagram)


Na hora do adeus - peça teatral online, com o ator Marcus Tardin e a atriz Kenny Alberti - todos os domingos, às 19h, @pecanahoradoadeus (Instagram)


Centro de Valorização da Vida (CVV): telefone 188 e @cvvoficial (Instagram)





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